domingo, 29 de novembro de 2009

DEFICIÊNCIAS - Mario Quintana (escritor gaúcho - 30/07/06 - 05/05/94

"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo para ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de seu irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.
E finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.
"A AMIZADE É UM AMOR QUE NUNCA MORRE".

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

AMIGO

Este meu amigo Jair Carvalho, sempre foi assim, companheiro, amigo, brincalhão, sério quando é preciso, pai, irmão...


Dizem que amigo é aquele que nem sempre diz SIM, às vezes seu NÃO soa com um som amigo e companheiro, som familiar, som paterno (ou materno). Amigo é aquele que nem a distância e o tempo é capaz de fazer diminuir o carinho, o amor e o respeito.
Existem várias formas de AMAR, existe o amor carnal, o amor platônico, o amor de mãe (que é universal), o amor paterno, o amor de irmão, o amor do cachorro (fiel) e o amor de AMIGO.

Obrigado meu amigo, algum dia com certeza vamos nos reencontrar.

OBRIGADO AMIGO

Jair Carvalho
Dispo de minha saudade pra reviver por um instante/ o que há muito não posso viver/ reviver a amizade de outrora / com um grande amigo que teimou ser poeta / bateu asas pra outras bandas / Deixou em minha lembrança a alegria de rir / quando o normal seria gritar / de acreditar quando o mundo mandava recuar / um amigo q...ue ninguem vai tirar de mim / a nao ser essa tal de matéria e distância / que teimam em impedir que a gente se abrace / e morra de rir das coisas que ainda teimam tentar nos fazer chorar.

sábado, 21 de novembro de 2009

TATUAGEM

Cicatriz carnal
Seu nome sobre a minha pele
Marcada a ferro quente, a brasa
Ou usando tinta e agulha
Não importa!
Ver-te, sobre a pele
Levar-te para sempre
Amar-te como nunca
Encostar-te no meu peito, ao dormir
Lembrar do seu sorriso
Acariciar-te, beijar-te, abraçar-te.

São meus dois amores
São meus heróis pequenos, mais valentes
Amores eternos
Não importa a distância, o tempo, a vida
Sempre existirá amor pra recomeçar
E sempre haverá carinho para doar.
Filhos de minha vida
Filhos de meu sangue
De nome João Paulo e Igor
E de codinome Amor.
Ricardo Muzafir................... 24/11/05

sábado, 29 de agosto de 2009

HOMEM TULIPA II

Com o GUIA DE SOBREVIVENCIA DO BEBUM.

Hoje totalmente regenerado e com o fígado dando graças a Deus, pela falta de álcool no sangue ou será pelo excesso de sangue na minha corrente alcoólica. Não importa, pela total experiência que adquiri como freqüentador de butecos “pés sujos” das cidades que reside, expresso aqui a minha opinião sobre este lugar que é o ponto de encontro dos amigos, dos inimigos e das pessoas que possuem um santo bebum como protetor e que descobrem no álcool (ou no chopinho de fim de tarde) que a água contamina o sangue e que o chopp limpa, purifica e filtra o fígado.
As mulheres que me desculpem, mas o ponto de encontro dos maridos e homens estressados, depois de um dia de trabalho estressante, não é o divã de um psicólogo, também não é um programa com a esposa e sim uma tarde de chopp com os amigos, onde falam de futebol, das mulheres às vezes da política.
Mas a pergunta é porque parar? Porque aos 37 anos de idade resolver limpar o fígado e restabelecer a cor do seu sangue, tirando a cor amarelada (de tanto chopp) de sua corrente sanguínea? Talvez seja por que a saúde começou a dar sinais de que a morte estará mais perto se não for tomadas medidas drásticas, ai bate o medo de que do outro lado não tenha nenhuma tulipa de chopp o esperando, então para acostumar com esta idéia é melhor treinar em vida do que em morte.
Tudo começou aos 14 anos de idade, são mais de 23 anos de chopp, cerveja, vodka, martini, run, conhaque, vinho, pinga, entre outras bebidas o sangue ficou embriagado e com uma porcentagem de álcool em excesso. Com toda está vivência de bar em bar, gostaria de proporcionar aos meus leitores um breve GUIA DE SOBREVIVÊNCIA DO BEBUM PROFISSIONAL, não poderá de forma alguma ser usado por um amador, caso contrario o mesmo colocará a sua vida em risco, podendo antecipar a sua hora e partir para o andar de cima ou de baixo, nunca se sabe.

GUIA DE SOBREVIVÊNCIA DO BEBUM PROFISSIONAL:

1) Saber achar o buteco adequado.
Como disse Lavoisier: “DA QUANTIDADE BUSCAR A QUALIDADE”. Freqüentar os butecos da cidade sem preconceito, às vezes atrás de um buteco “pé sujo”, está um lugar aconchegante, acolhedor, com tira gosta de primeira, atendimento personalizado e principalmente com uma cerva ou chopp estupidamente gelada.

2) Local do buteco.
Escolher o buteco de preferência perto de sua casa, assim a sua esposa (caso seja casado) possa te ver da janela da sua sala, sem precisar utilizar o telefone, deste modo irá fazer economia não precisando ligar no seu celular para saber onde você está.

3) Liberdade de ação.
Escolher um buteco, que faça você sentir como se estivesse na cozinha de sua casa, onde exista liberdade de abrir o freezer e tirar a cerveja. Nunca assente em cadeiras, é bom usar o balcão daqueles que dá calos no cotovelo, assim você fica perto do tira gosto e da cerveja.

4) Amizade com o dono.
Fique amigo do dono do bar, mas amigo mesmo. Porque ele será seu anjo da guarda, as vezes seu manobrista, seu psicólogo e algumas vezes seu banco.

5) Confie no dono do bar.
Use sempre a caderneta de pregos do bar (fiado) e confie de verdade no dono do buteco, por que muitas vezes você sairá tropeçando nos próprios pés e sem condições de contar o dinheiro muito menos fazer um cheque. Se houver possibilidade pague sempre adiantado e faça uma poupança no bar, assim sempre que você estiver em situações de extremo alcoólico o seu amigo (dono do butequim) fará um desconto na sua poupança do bar.

6) Tira gosto.
Quando estiver bebendo nunca peça de tira gosto “azeitonas”, pois ela poderá lhe fazer mal e embrulhar o estômago. Tira gosto de um bebum profissional sempre será carne (de todos os tipos), mandioca e fritas (raramente).

7) Santo de bebum.
Nunca jogue nada pro santo, ele não bebe mais. E além do mais desperdiçar bebida não é coisa de profissional.

8) Escolha dos copos.
Sempre escolhe os copos americanos (os de geléia), nunca tome em tulipas grandes se tiver que beber chopp em tulipas escolha as menores, por que assim a bebida não chega a esquentar e você acaba bebendo muito mais.

9) Mistura de bebidas.
Nunca mistura bebidas, se tomar cerveja, não beba pinga e nem wisky. E se beber wisky sempre tome muita água, para compensar o excesso de álcool. Outro detalhe quando beber cerveja nunca troque de marca se beber skol não mistura que Brahma nem antártica e vice-versa.

10) PINCIPAL.
Como no futebol, saiba a hora de parar, e se parar não volte. Mas nunca deixe de freqüentar o buteco, lá também tem água e refrigerante (por pior que seja é verdade), além de ser o ponto de encontro dos seus amigos. Lembre-se que bebida não combina com direção, então se dirigir não beba e se for beber me chame.

RMuzafir
26/02/05

domingo, 9 de agosto de 2009

PALAVRA

Cortar mais que faca
Furar mais que uma espada
Matar mais que bala.

É um gancho na direção do queixo
Ou um atropelamento sem direção.
É a derrota ao final da batalha
Ou a luta sem vencedor, apenas sangue e morte.
É a morte sem a glória.

Palavra falada
Seja escrita ou ouvida
Seja pronunciada ou transcrita

Corta mais que tesoura afiada
Fura mais que espada embrenhada
Mata mais que bala disparada.

Palavra pronunciada
Seja dita ou falada.
Escrita ou transcrita.
É a flecha arremessada
De um arco viril e certeiro

Palavras, palavras, palavras
Sentido de orações, sem rezas
Com artigos, pronomes, verbos e sujeitos
Sejam ocultos ou principais
Ë a comunicação necessária para o entendimento
Ou a discórdia ininterrupta de uma palavra dita.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Poema extraido do site: http://www.affonsoromano.com.br/pdf/poesias/coreano.pdf

OS HOMENS AMAM A GUERRA

(fragmento apenas do poema falado no Festival "World
Peace 2005, Coréia)

“Não sei com que armas os homens lutarão
na Terceira Guerra, mas na Quarta, será a pau e
pedra” –Einstein

Os homens amam a guerra. Por isso
se armam festivos em coro e cores
para o dúbio esporte da morte.

Amam e não disfarçam.
Alardeiam esse amor nas praças,
criam manuais e escolas,
alçando bandeiras e recolhendo caixões,
entoando slogans e sepultando canções.

Os homens amam a guerra. Mas não a amam
só com a coragem do atleta
e a empáfia militar, mas com a piedosa
voz do sacerdote, que antes do combate
serve a hóstia da morte.

Foi assim na Coréia e Tróia,
na Eritréia e Angola,
na Mongólia e Argélia,
no Saara e agora.

A VIOLETA

A Rosa vermelha
Semelha
Beleza de moça vaidosa, indiscreta.
As rosas são virgens
Que em doudas vertigens
Palpitam,
Se agitam
E murcham das salas na febre inquieta.

Mas ai! Quem não sonha num trêmulo anseio
Prendê-las no seio
Saudoso o Poeta.

Camélias fulgentes,
Nitentes,
Bem como o alabastro de estátua quieta...
Primor... sem aroma!

Partida redoma!
Tesouro
Sem ouro!
Que valem sorrisos em boca indiscreta?

Perdida! Não sonha num trêmulo anseio
Prender-te no seio
Saudoso o Poeta

Bem longe da festa
Modesta
Prodígios de aroma guardando discreta
Existe da sombra,
Na Lânguida alfombra,
Medrosa,
Mimosa,
Dos anjos errantes a flor predileta

Silêncio! Consintam que em trêmulo anseio
Prendendo-a no seio
Suspire o Poeta.

Ó Filha dos ermos
Sem temos!
O casta, suave, serena Violeta
Tu és entre as flores
A flor dos amores
Que em magos
Afagos
Acalma os martírios de uma alma inquieta.

Por isso é que sonha num trêmulo anseio,
Prender-te no seio
Saudoso o Poeta!...

Castro Alves

A luz que queima


Foi-se a luz do amanhecer
Na escuridão do entardecer
Com toda nostalgia
Das lembranças do seu ser
Numa tarde fria
Nevoeiro, serração, breu, devassidão
A sombra de minha alma
Reflete o meu desejo
De ver a sua sombra
E sentir o seu calor

A luz queima
E a chama acessa sobre a mesa
Se apagou.

Onze anos sem você.

Parece que foi ontem
A noite inacabada
A notícia não escutada
E o telefone não tocado.
A perda da segurança
O sacrifício da identidade
A certeza de que terminou
A morte nós separou!

Até parece que foi ontem
O sofrimento eterno da perda
O amor confesso não dito
O gemido sussurrado no ouvido
O perfume das flores no seu planto
O choro inacabado de seus entes
O adeus sem data pra voltar
Apenas hora de partida.

Quem sabe foi mesmo ontem
Numa eternidade de lembranças
Com a certeza de que terminou
Com as lamurias do tempo que se esgotou
Sem tempo para se lamentar
Por palavras não ditas
De carinho, de amor, de orgulho...

São onze anos sem sua palavra
Sem seu afeto, sem seu amor
São onze anos sem sua sombra
Sem seu abraço, sem seu calor
São onze anos sem você: PAI.




Ricardo Muzafir – 13/06/2009

quinta-feira, 9 de abril de 2009

ONDE A PORCA TORCE O RABO

Recebi um conselho de um mestre, sobre poesias e novos escritores:

ONDE A PORCA
TORCE O RABO

Affonso Romano de Sant’Anna



Às vezes, leitores escrevem a mim e a outros escritores, perguntando se podem enviar (ou já enviando) seus textos. Em geral, repetem algumas coisas, que retratam o desconforto dessa situação. Primeiro, que carecem da opinião de alguém mais experimentado, que lhes oriente e, em muitos casos, querem saber se devem ou não continuar a escrever.
Nem sempre são jovens, mas pessoas maduras em quem, de repente, a literatura (ou a liberdade de expressão?) aflorou. Faço o possível para responder. Às vezes sugiro a leitura de vários livros, muitos citados em “A sedução da palavra”(Ed. Letraviva), que tem o propósito expresso de orientar iniciantes e repassar experiências literárias. O ideal é que houvesse uma “clínica de textos”, que acolhesse essa demanda profissionalmente, porque nenhum escritor tem disponibilidade para esse árduo e delicadíssimo trabalho. Seria um trabalho de consultoria, como qualquer outro, com hora marcada, tabela de preço, para dar logo mais seriedade à atividade.
Alguns pedem logo uma orelha ou prefácio, caso o livro seja do agrado. Isto também é complicado. O solicitante tem a ilusão que uma apresentação vai lhe abrir as portas. Não vai. Só vai se o livro for bom mesmo. Neste caso nem precisa de orelha ou prefácio para se impor. Claro, há autores que elogiam todo e qualquer livro, por generosidade ou por não quererem magoar as pessoas.
Quando o autor pergunta se deve continuar ou não a escrever, digo que esta é uma questão que ele, e não outros, deve responder. Dá vontade de lembrar aquele conselho de Rilke ao jovem poeta, que se escrever não for uma necessidade vital, então é mesmo melhor parar e ir cantar noutra freguesia.

Às vezes, os que pedem tal opinião estão num estágio pré-literário.Escrevem só de ouvido.Repetem lugares comuns. Não sabem nem o que é lugar comum ou como lidar com ele. Não estão a par da história literária, dos movimentos que se sucederam, dos diferentes estilos e técnicas. Não são nem sequer leitores, bons leitores, aqueles que convivem e assimilam os grandes e pequenos autores. Pensam que escrevem, mas estão sendo escritos por uma linguagem que já existe. Desconhecem que o escritor é aquele que ocupa um lugar na linguagem. O texto está entre o prosaico de certas letras banais de música e simples(ainda que legítimas) anotações emocionais. Nesses casos não há muito ou nada que fazer. (O mesmo se dá com quem resolve pintar, fazer teatro, música ou o que seja de artístico, movido por impulsos superficiais e descomprometidos).
Mas o caso mais difícil é daqueles que têm realmente talento e já se expressam de uma maneira mais madura e pessoal. Não vamos encontrar em seus trabalhos falhas primárias. Já têm leitura. Conhecem alguns clássicos de ontem e de hoje. Não são incautos. Estão numa situação que é grave e delicada, estão na borda de alguma coisa que pode, ou não, acontecer. Ou seja, podem ou não virar socialmente artistas.
E é aqui que a porca torce o rabo.
Tirando de lado as pessoas que realmente não têm talento, há outras que são capazes de produzir uma pintura ou escultura correta, até com certa inventividade. Pessoas que são capazes de produzir um ou mais contos interessantes, mesmo um romance. Pessoas que podem produzir uma ou outra música que nos diz alguma coisa. E assim por diante, uma peça de teatro ou, cinematograficamente, um curta ou longa. Pessoas, enfim, que podem produzir alguns bons poemas.

Até diria que uma coisa é estar artista e outra é ser artista. Pode uma pessoa numa determinada circunstância ou período de sua vida, eventualmente, estar em condições tais que suas emoções se precipitem em determinadas formas de expressão. É como se tivesse se conectado com forças e energias que a ultrapassam e a resgatam.

Mas uma coisa é a capacidade de fazer algo razoavelmente bem feito num determinado instante. Outra é comprometer-se com um projeto onde vida-e-obra se confundem. É como se tivéssemos achado umas pepitas de ouro na superfície de um terreno. Mas a riqueza está no fundo e exige paciência, técnica e aprofundamento. E é aqui que muitos embatucam, porque achavam que bastava balançar a árvore dourada e os frutos cairiam aos seus pés de Midas.
Ao contrário, daqui para frente é que o desafio vai começar. Agora é que há que atravessar o deserto por quarenta anos e cultivá-lo “como um pomar às avessas”. É como se alguém tivesse as ferramentas, alguns tijolos e pedras: resta uma construção por fazer. Cadê o projeto? E a construção é aquilo que se constrói enquanto se constrói. Sendo a obra de arte, segundo Joyce, uma obra-em-progresso, como diria o nosso Rosa, é travessia.
Por isto, as pessoas que têm alguns dos atributos necessários para se tornarem artistas, num determinado instante encontram-se naquela situação que a antropologia chama de situações limites. Há um ritual a cumprir para se passar de um estágio a outro. Ultrapassar essa linha divisória entre o amadorismo e o profissionalismo, entre o episódico e o sistemático, entre o aleatório e um projeto estético-existencial, eis o desafio. E nisto, de novo, há uma pesada solidão. Solidão dificil de ser compartilhada. Tenho dito a algumas dessas pessoas que surpreendi na soleira desse rito de iniciação: agora depende de você. De você e de uma série de fatores aleatórios. Pois assim como o criador tem que cavar no escuro de si mesmo a sua pretensa riqueza, entrar no sistema literário e artístico é entrar numa selva escura. Talentos podem se perder, ou terem seu percurso mutilado, enquanto outros são espantosamente superestimados.

O artista autêntico, no entanto, tem a coragem e a audácia de abrir e povoar uma clareira ou receber esse raio na cara, não apenas eventualmente, mas a todo instante. Mas isto é altamente perigoso. Diante dessa situação, alguns entram em pânico e se demitem. Abrir-se à arte é dar um salto mortal no escuro, para que todos vejam.

AGUARDEM PUBLICAÇÃO DO LIVRO SANGRANDO, PELA EDITORA LIVRO PRONTO LTDA.

Livro de poesias do poeta Ricardo Muzafir.... em 2009.

O MUNDO QUE LHE RESTOU.

Hoje vi uma criança nascer
Degladiando para poder sair
O lugar que se encontrava, era aconchegante
Um lugar sereno, alagado e puro.
Mas havia chegado a hora.
O mundo lhe esperava.

Não era o mundo que queria lhe apresentar
Mas era meu mundo
O mundo que passou a ser seu,
A partir daquele momento.
Como iria transformá-lo?
Era só uma questão de tempo
Transformar o que lhe restava.

Não era só meu mundo
Mas agora também era seu.
Grandes devastações, grandes clareiras, grandes queimadas
Este tornou-se seu mundo.
Tentei deixar de herança um mundo melhor
Mas como fazer?
Se não era só meu!

Mas enfim,
Cultive o que deva ser cultivado,
Plante o que deva ser plantado,
Alimente o que deva ser alimentado,
E preserve o que restou para ser preservado.

Ricardo Muzafir. ..... 2009

sábado, 4 de abril de 2009

Amargo, doce veneno!

Saboreio seu néctar
Bebo do seu vinho
Escarro na sua taça
Amargo, doce veneno.

Procrio no bucho de tuas entranhas
O cálice sagrado da vida
É o divino do teu corpo
Sensual, delicado, liso e macio.

Fecundo seu ventre
Sacio-te da tua carne
Sangue viscoso e doce
Amor insano, selvagem, rebelde e transcendental

Alma gêmea desencarnada
Perdida entre vidas e épocas
Buscando o seu complemento, a sua alma
Esperando o sentido, do que não é vivido.

Enquanto isso: bebo o amargo do seu doce veneno.

Ricardo Muzafir (2008).
.

Carta para um irmão.

Amigo é diferente de irmão, porque é uma irmandade que escolhemos, diferente de irmão que é um amigo de "alguma forma" imposta.

Hoje vendo tv, o programa Raul Gil estava prestando uma homenagem ao Padre Fábio de Melo da Igreja Católica, Canção Nova. Lembrei de amigos (irmãos), que estão longe e que sinto falta de sua presença, estão em Manaus - AM, são amigos que estiveram presentes na minha vida em vários momentos, momentos de felicidade, momentos de tristeza. Passaram por uma dificuldade enorme a pouco tempo, vendo seu irmão sofrer um acidente e deixando-o numa cadeira de rodas, mas Deus continuou ao seu lado, lhe dando força pra continuar sendo a fortaleza que é, e fazendo deste acontecimento apenas uma barreira para poder compreender a razão de sua vida. E como recompensa pelo exemplo de vida, pela luta contra preconceitos, pelo amor a sua família, Deus lhe deu o presente mais divino que se possa ter, um FILHO, que é a cara do seu herói.

Nunca lhe falei isto, mas OBRIGADO. Obrigado por estar ao meu lado no momento díficil que passamos quando perdemos o primeiro emprego, obrigado quando me arrumou um emprego no banco onde trabalhava.

Sou uma pessoa privilegiada por ter amigos, pessoas especiais como: Alemão, Jair e você (André). Fica com Deus!

domingo, 29 de março de 2009

Pássaro insano, sem cantar, sem voar

Prisioneiro sem grade

Livre dentro de uma gaiola
Saltando entre pulheiros
Voando entre as grades
Na prisão de madeira.
Pássaro insano, sem cantar, sem voar
Apenas aprisionado dentro do seu próprio ser
Sem ter pra onde ir, sem ter com quem conversar
Na sua gaiola de tijolos
Andando por entre os cômodos
Homem insano, sem falar, sem andar, sem amar.

Aprisionado na carne, aprisionado na alma
Apenas tormentos de fantasmas
Invadindo seu corpo, permeando sua mente
Pássaro ferido, sem asas, sem bico, sem penas
Homem sem amor, sem prazer, sem coração

Buscando explicações do que não é explicado
Buscando soluções do que não é solucionado
Buscando amor do que não pode ser amado

Até que aprenda novamente a voar
A andar, a saltar, a amar.
Remendo de asas, cicatrizes do coração
Marcando dias e noites, mais felizes
Mais alegres, mais claros.

Mas continuando a andar, sem parar, sem voltar
Não olhando pra trás e nem vivendo do passado
A luz esta cada vez mais clara.
O breu da escuridão já não mais é o mesmo.
Sem explicações do que não é explicado
Apenas vivido, apenas amado, apenas voado.

Ricardo Muzafir.

NAMASTÊ


O DEUS QUE HÁ EM MIM SAÚDA O DEUS QUE HÁ EM VOCÊ!

A religião, a religiosidade e os sistemas religiosos

A humanidade sofre com o desconhecimento das causas dos seus problemas. Este sofrer lhe remete a uma busca desesperada por soluções, por mitos e ou santos que lhe propiciem curas milagrosas, bem como soluções inesperadas para problemas previsíveis. Surge neste momento a Religião.

O que é Religião e o que chamamos de religiosidade?
A Religião é um processo relacional desenvolvido entre o Homem e os poderes por ele considerados sobre humanos, no qual se estabelece uma dependência ou uma relação de dependência. Essa relação se expressa através de emoções como confiança e medo, através de conceitos como moral e ética, e finalmente através de ações (cultos ou atividades pré estabelecidas, ritos ou reuniões solenes e festividades). A Religião é a expressão de que a consciência humana registra a sua relação com o inefável, demonstrando a sua convicção nos poderes que lhes são transcendentes. Esta transcendência é tão forte, que povoa a cultura humana.

Alguns teólogos defendem a idéia de que: “A Existência de Deus é uma necessidade”, no entanto queremos enfatiza-la como “A Necessidade”, porque nenhuma outra por mais sublime que a seja, equiparasse com a existência da “Vida de todas as vidas”. Podemos compreender que através da aceitação de Deus ou de um ser sobre humano, o ser humano consegue atribuir sentido metafísico às coisas. Sentido este que exorta a extrapolação do sensorial. Fora disto, tudo é vazio e não há compreensão que abarque a “inexistência como existente” e o acaso como responsável por todas as coisas.

Haveremos, porém, de considerar que as coisas metafísicas no sentido adotado exigem uma percepção metafísica. Exigem por si só, funções mentais não cognitivas que possibilitem ao Homem abstrair do mundo como ele está. Muitas vezes a percepção advinda destas faculdades, levam a percepções que fogem ao senso comum ou a percepção das massas. Diante deste paradoxo, o Homem que vivencia o Processo Religare (a dinâmica de desenvolvimento da consciência superlativa, em direção ao criador) é comumente chamado de louco, como se os outros que não enxergam o que ele vê não o fossem, em verdade.

Alguns Homens se consideram capazes de estabelecer uma espécie de intermédio nesta dinâmica, no entanto, estes Homens desconhecem que todo criador deixa grafada em sua obra, uma assinatura que o diferencia dos outros. Queremos dizer com isto, que a relação do criador cósmico com a criatura, deixa uma relação implícita ao ser humano. E é esta relação, que é verdadeiramente, a Religião.

Então o que se vê institucionalizado em: Templos, Congregações, Núcleos, Igrejas e Centros não são a Religião porque esta é um processo pessoal, mas um Sistema Religioso. Toda referência à palavra Religião feita neste texto, será uma referência à expressão: Processo Religare, que enfatizamos ser a dinâmica de ampliação dos níveis de consciência para percepção da divindade.
Um sistema religioso é caracterizado por elementos que expressem Religião, mesmo que este não seja o seu objetivo. Todo e qualquer sistema filosófico e científico que contenha elementos de Religião, é um sistema religioso. Observamos diante disto que muitas coisas podem ser elementos de Religião. Os livros sagrados, os marcos históricos, os personagens históricos, alguns objetos (santo Graal, lança sagrada, cruzes,...), são todos eles fonte de Religião, mas podem gerar ou não religiosidade.

A religiosidade é uma qualidade do indivíduo que é caracterizada pela disposição ou tendência do mesmo, para perseguir a sua própria Religião ou a integrar-se às coisas sagradas. Precisamos diferir o ser possuidor de religiosidade, do religioso, que é fruto do sistema religioso.
O religioso é um fanático, que não compreende e não respeita o Processo Religare do próximo. Ele se torna intolerante e não aceita as práticas religiosas de outros indivíduos, considerando o seu caminho único e inquestionável. Acontece, com isto, que alguns sistemas religiosos podem gerar indivíduos de religiosidade, mas como os religiosos se apegam ao poder e as fórmulas, tendem a manipular as mentes atormentadas e sofredoras, obrigando a todo aquele que não esteja em sintonia com seus ideais a se tornarem submissos. Daí as crises e a intolerância religiosa. Os religiosos são de fato os grandes causadores de problema, aliados aos seus sistemas religiosos.

Não raro observamos este ou aquele sistema religioso apregoar ser o caminho de transformação da humanidade. Em verdade ele poderá ser "Um caminho" e não "O caminho" por que um sistema expressa as necessidades dos elementos constituintes do seu conjunto. Em decorrência disto não existe o melhor sistema religioso, mas o que mais se adeque ao entendimento e ao despertamento de consciência do indivíduo que o procura.

Existem nos sistemas religiosos, alguns elementos de Religião que podem ser autênticos. Estes elementos podem despertar a Religião, mas que com o tempo podem degenerar, porque para compreender o Processo Religare, é necessário transportar a consciência para um patamar mais desenvolvido.

Os estudiosos separam a prática religiosa do sistema religioso. Esta primeira pode inclusive conter dissonâncias críticas da segunda, destoando em idéias e em implementações da proposta dos seus criadores. Por isto, defendemos a posição de que o cristianismo primitivo foi perdido, por que ele foi adulterado pelos Homens, que dão sua própria interpretação daquilo que não compreendem. Mas, enquanto as palavras e as idéias não são respeitadas e enquanto o ser humano se apega a práticas exteriores e não vivência elas no seu interior, ele será sempre um ser a parte da criação e Deus será o déspota cruel, que manipula o Homem ao seu bel prazer.
Dissemos que a Religião (do grego religare) é o processo de interligação do ser humano com o criador. Mas afinal de contas, será que o Homem está separado de Deus? Então qual o real significado do Processo Religare ou Religião?

Desde o término do século XIX, muitos estudos científicos ficaram voltados ao entendimento da chamada consciência. É bem verdade que a grande maioria deles, complicou muito mais o entendimento do que outra coisa. Quando exortamos a expressão consciência, queremos nos referir a capacidade do ser humano relacionar-se com o mundo exterior, de forma: equilibrada, harmônica e plena. Então, toda relação consciente propicia ao indivíduo:
· O desapego de si mesmo e do outro,
· A compreensão do contexto o qual experimenta,
· A acessibilidade dos registros mentais, concernente à diversidade de experimentações nos planos do existir do Homem (Espírito, Alma e Corpo Físico);
· A integração e o desenvolvimento com as faculdades do ser.

Esta consciência é então, fruto da relação do ser consigo mesmo, com o seu próximo e com o criador. É bem verdade que o influxo cósmico do criador, exerce uma dinâmica “inconsciente”, isto é, a relação de Deus com o Homem, é imanente a natureza humana, enquanto as relações: consigo mesmo e com o próximo, são aprimoradas no próprio viver. Podemos concluir que é mais natural relacionarmo-nos com Deus, do que conosco ou com o próximo, por que somos naturalmente divinos e não naturalmente humanos. A questão é: até identificarmos isto, nos portamos mais como animais do que seres humanos ou deuses.

O estado de humanidade é uma qualidade adquirida pela alma, pelo somatório das suas faculdades físicas, psíquicas, morais e espirituais. Podemos dizer, que a grande maioria dos indivíduos são potencialmente humanos, porque estão munidos das qualidades necessárias para tal, mas não a usam.

O Processo Religare nada mais é do que o desenvolvimento das faculdades psíquicas da alma, que o tornem sensível à percepção da sua relação com Deus. Logo, entendemos diante disto, que não nos afastamos de Deus, mas nos relacionamos com ele inconscientemente, sendo que o nosso verdadeiro trabalho é conscientizarmo-nos desta relação, para tornarmo-nos merecedores de suas benesses.

Deste entendimento, podemos inferir que há um desenvolvimento da humanidade do Ser, que lhe remete a um estado “além-do-homem”, parodiando o filósofo alemão. O Processo Religare nos remeteria diretamente a uma transição do Ser, ao vir a Ser, que levaria o ser a uma divinização, ou melhor, a um estado de imutabilização ou iluminação. Entendamos, que imutabilizar-se não significa ser imutável, que é um atributo divino, mas harmonizam-se com a vibração cósmica Dele.

Diante disto, poderemos concluir que este relacionamento não é passivo, mas ativo, acarretando por isto em algumas seqüelas. Estas seqüelas são apercebidas a nível subconsciente e “vazam” para a chamada consciência objetiva. A consciência objetiva é o estado de percepção mental o qual captamos impressões sensoriais e traduzimos em informação (ou experiência). As seqüelas que vazam do subconsciente para a consciência objetiva, são em verdade “somatizadas” (transferidas do estado psíquico para o físico).

Desta relação entre a consciência cósmica e a consciência objetiva, surgem os sonhos e as alucinações, que acarretam em alterações na consciência humana. É bem verdade que existem outros fatores de alteração dos padrões de consciência, mas podemos afirmar que o estado evolutivo da alma é mensurado pela qualidade de seu sono e pela sua capacidade de aperceber-se da realidade.

Enquanto estamos dormindo, a alma se encontra liberta das estruturas físicas que a aprisionam, deixando aflorar o padrão simbólico “subconsciente” ao qual o ser humano está afim. Esotericamente, dizemos que a consciência cósmica (ou inconsciente coletivo) emana um padrão vibratório superior, mas o Ser Humano apenas captará a freqüência vibratória correlata ao seu grau de consciência. Daí, quando a alma está liberta ou estamos adormecidos materialmente, captamos a imagem que realmente nos atormenta ou nos liberta. Concluímos com isto, que os pesadelos ou os belos sonhos são expressões do subconsciente, daquilo que realmente desejamos. A partir do reconhecimento destes desejos do subconsciente, direcionamos o padrão comportamental de nossa existência.

Em contrapartida, quando estamos acordados, as faculdades sensoriais ou objetivas, se tornam o nosso alicerce a percepção das coisas como elas estão. Entendamos que tudo no universo possui movimento, movimento este que expressa o grau evolutivo das coisas como elas estão. Se, estivermos em harmonia, concentrados no objeto que desejamos nos apercebermos, os nossos sentidos o captarão de maneira totalitária. Caso contrário, os nossos sentidos tenderão a fragmentar a informação, que será composta pelo cérebro humano. Estas informações fragmentárias, revelam parcialmente a natureza do objeto como ele é e das coisas como elas são, fazendo o indivíduo ter uma percepção relativa do mundo que o cerca. Queremos dizer com isto que: para se ter um olfato pleno, não basta apenas captar o cheiro exalado por um objeto, mas concentrar-se com todos os sentidos no que ele é. Desta forma, a natureza das coisas se descortinará o Ser Humano, aflorando então a consciência cósmica.

Desta dinâmica entre a consciência cósmica e a consciência objetiva, podemos compreender que acarretam alterações comportamentais. Estas alterações comportamentais desencadeiam as famosas nóias, ou estados comportamentais (a ortonóia - estagnação mental, a paranóia - perturbação mental, a metanóia -iluminação).

Toda existência do Ser Humano é pautada nesta dinâmica, mas podemos nos aperceber com mais intensidade no simbolismo arcaico das religiões.O simbolismo arcaico das religiões é o arcabouço dos símbolos de Religião, adotados pela humanidade como fontes de religiosidade.
Ao estudarmos a gênese descrita nos livros sagrados dos sistemas religiosos, observamos alguns elementos similares, frutos de uma fonte comum. Estes símbolos se tornaram sagrados para a humanidade (ou parte dela). Uma coisa interessante é quando o símbolo deixa de ser estático ou inativo e passa a ser um elemento ativo do sistema religioso, através das ritualísticas e práticas religiosas.

As ritualísticas e as práticas religiosas se tornam referências sociais e marcos que podem atrasar ou impulsionar um grupo social, a grandes mudanças comportamentais. É importante ressaltar, que muitas vezes a apreensão e o entendimento dos princípios envoltos na ritualística e nas práticas religiosas nos são desconhecidos por muitos, tornando a sua prática mecânica e dissociada do seu principal objetivo que é o de despertar uma compreensão superlativa a cerca da vida e da existência do indivíduo. Daí a surgir o fanatismo religioso e no outro extremo o ateísmo e a heresia, que no fundo são a mesma coisa: indivíduos que não compreendem a prática de um ou vários sistemas religiosos.

Pelos motivos acima citados, o sagrado torna-se vultuoso. O sagrado é tudo aquilo que é consagrado à divindade, que possua uma referência ou simbolismo venerável. Um objeto, um rito, uma pessoa, que sejam considerados sagrados e se tornam referência, fruto de admiração e de cobiça, seja no plano do ter, seja no plano do estar ou ainda do equivaler-se.

Autores:
Cláudio Manoel Nascimento Gonçalo da Silva
Davi Silva Almeida
http://www.ipepe.com.br/idebab.html


  • Definição perfeita sobre um assunto tão polêmico.

sexta-feira, 27 de março de 2009

ESCOLHAS

O mundo em que vivemos é uma ilusão, onde todos nós somos parte de uma matrix, entregamos nossas vidas nas mãos do imaginário, de uma entidade superior pela qual honramos, é para ela que dedico todas atitudes e tudo o que ocorre ao redor do nosso umbigo, É OBRA DELE. Isto é sermos marionetes do que julgamos existir, como diz um poema de Ricardo Muzafir (EU):

"Marionetes

Alguém está mexendo com meu braço direito
Fazendo minha perna caminhar para frente
Agora está conduzindo meu corpo
Guiando minha vida, falando com minha boca
Pulsando o meu sangue nas minhas veias
Manobrando o meu corpo
E queimando meus neurônios....."

Algumas pessoas preferem julgar a ocasião e o momento e se dizerem satisfeitas com o que sobrou pra elas, simplesmente dizendo: - Foi Deus que quis assim. Ele me guia, é para ele que dedico toda minha vida (e se esquece de vivê-la). Esta é a razão principal para o alastramento de igrejas (principalmente em regiões mais pobres), o "falso" consolo, pessoas mal esclarecidas e com lastro de insucessos e insatisfações durante a vida são pressas fáceis para o "falsos pastores".

No bairro onde moro existem aproximadamente 10 igrejas de diversos seguimentos, algumas evangélicas, outras quadrangulares, outras do sétimo dia, existem também uma protestante, uma que ainda não identifiquei qual a sua vertente, eu sou um peixe fora da água, tido como um ateu, um "Jesse Owens" aos olhos dos nazistas. Nunca ninguém perguntou sobre minha aptidão religiosa, apenas me olham condenando por não fazer parte do que julgam ser primordial para suas vidas, que é entregá-la à JESUS. Sem saber se ele quer que seja feito isto.

O fato é que NÃO SOU ATEU! Apenas minha crença é diferente das que meus vizinhos julgam ser fundamental para viver. Deus / Jesus não é responsável pelas minhas atitudes, nem pelo caminho que escolho para viver, afinal ele me deu o LIVRE ARBÍTRIO, é com ele conduzo minha própria vida, eu sou responsável pelos meus insucessos, pelos meus desamores, pelos meus fracassos, assim como também sou responsável pela minha vitória.

E no final irei avaliar o que fiz do 'bem' mais precioso que me dera, A VIDA.

quinta-feira, 26 de março de 2009

CAPOTAMENTO NA AV. BIAS FORTES

Mais um acidente, em plena luz do dia, mas uma vítima? Desta vez ela saiu ilesa apenas o constrangimento de ver seu veículo acém tirado da concessionária virado de ponta a cabeça, isto é capotado em plena avenida Bias Fortes em Belo Horizonte. Pessoas rodeando o indivíduo, policiais investigando os acontecimentos, averiguando os documentos e certificando da certeza do certificado, que pode não ser certo, mas as incertezas do ocorrido levaram as opniões certas e certificadas da certeza do ocorrido, ufa......

Deixando as incertezas de lado, o que realmente ocorreu foi um desvio de céptico, onde o indivíduo sem conseguir respirar misturou o acelerador com a embreagem e o pé direito com o esquerdo, fazendo com que o veículo dobrasse a roda, o torque longitudinal moveu uma ação continua sobre o eixo central de ligação das duas rodas e a força centrífuga acabou tirando da inércia rotatória o centro de massa das rodas, simplificando "o motorista é um meia roda, ruim de volante, na verdade ele é mesmo um barbeiro" - sem querer ofender o inseto e nem mesmo ofender tão dignissima profissão que está em extinção.

Os policiais desconfiaram do transtorno de excesso de alcoolismo na corrente sanguínea, ou falta de sangue na corrente alcoolica. O fato é que o cara foi levado em cana. E o veículo recém tirado da concessionária foi direto para o ferro velho, triste fim para um bem que demorou pra sair do estacionamento da fábrica, devido a crise que passou como uma morrolinha e fez estrago como um furação.

quarta-feira, 25 de março de 2009

aciente de moto

Mais um acidente de moto.

Aconteceu na Av. Cristiano Machado, eram aproximadamente 7:20 hs da manhã, provavelmente o motoqueiro estava indo para o trabalho, ou indo para a faculdade, ou poderia quem sabe estar voltando da noitada, onde bebeu com vários amigos, se divertiu, e agora estava agonizando numa maca a caminho do hospital para depois parar num caixão a sete palmos abaixo da terra.

Será que atropelou mais gente, será que feriu ou matou algum pedestre, isto não se sabe nem se viu, apenas um corpo estendido no chão, apenas um sangue a misturar com oléo da motocicleta que estava escorrendo por sobre o asfalto enrrugado e escorregadio. Sem pena, sem dó, ninguém parou para seguer oferecer alguma ajuda, ninguém parou para saber seu nome, seu endereço, se sua esposa estava em casa esperando um telefonema, ninguem parou para ligar para seus filhos, mas e ai, como falar que seu pai já não mais pertence a este mundo? Como falar que houve um acidente fatal e agora não resta mais nada, nem tempo, nem moto, nem pai.

Como saber o que pode ser feito, afinal eu estava com pressa para chegar no meu serviço, afinal não parei para prestar socorro porque o atraso, me é cobrado sem dó nem piedade. Pensei em ligar para SAMU ou para PMMG, mas alguém já poderia ter feito isto, então não me restou outra alternativa a não ser olhar e vê-lo ali no asfalto entregue a sua mortal sorte.

terça-feira, 24 de março de 2009


A PALAVRA CONVENCE, O EXEMPLO ARRASTA - LÊNIM!!!!





Mais uma vez fomos campeões em vendas de corporativo.

EQUIPE PME........ cordenador: Anderson Regiani (53% do resultado)
1. colocado RICARDO TEIXEIRA ...... 36%
2. colocado Leonardo............................. 29%
3. Elton Junio.......................................... 25%
4. Andrea ................................................ 10%

Demais:
EQUIPE 3G ........ cordenador: David ( 32% do resultado)
EQUIPE BANDA LARGA........ cordenador: Bruno (15% do resultado)

Palmas para o campeão de vendas, estas 36% correspondem a 77 linhas de celulares corporativos.

segunda-feira, 23 de março de 2009

PALAVRA DITA

Corta mais que faca
Fura mais que uma espada
Mata mais que bala.

É um gancho na direção do queixo
Ou o atropelamento sem direção.
É a derrota ao final da batalha
É a morte sem a glória.
Ou a luta sem vencedor, apenas sangue e morte.

Palavra falada
Seja escrita ou ouvida
Seja pronunciada ou transcrita

Corta mais que tesoura afiada
Fura mais que espada embrenhada
Mata mais que bala disparada.

Palavra pronunciada
Seja dita ou falada.
Escrita ou desenhada.
É a flecha arremessada
De um arco viril e certeiro

Palavras, palavras, palavras
Sentido de orações, sem rezas
Com artigos, pronomes, verbos e sujeitos
Sejam ocultos ou principais
É a comunicação necessária para o entendimento
Ou a discórdia ininterrupta de uma palavra dita.

DIA DE OUTONO

Uma garoa fina despontando no horizonte, entre montanhas e vales avistamos uma nuvem acinzentada, carregada de partículas de água, o calor refletido pelo solo ajuda acompor e a carregar mais ainda esta nuvem, juntando com a diferença de pressão faz com que a nuvem se desmanche em um chuva fina e fria.

As segundas-feiras tem um perfil diferente de todos os outros dias, é um dia onde o desânimo e a preguiça quase sempre vencem, transformando a cama num refúgio e o pijama em armadura medieval, os bárbaros são os chefes e supervisores, que neste dia temos que travar a batalha dos sonhos e o nosso cliente é a chama da esperança de que dias melhores virão ou outonos menos carregados acontecerão.

O fato é que as contas não querem nem saber que dia da semana é hoje, chegam toda hora e todo dia. Quanto tinha um escritório falava com o porteiro:
- Sr. Antônio, por favor não me entregue as contas na segunda-feira de manhã e nem sexta-feira no final do expediente. Não quero começar a semana vendo conta e nem quero iniciar meu fim de semana de descanço também vendo contas.
E assim era feito, o Sr. Antônio guardava todas as contas para me entregar no dia melhor.

A busca para uma vaga melhor no mercado de trabalho continua, hoje acordei com vontade de ver o jornal de domingo e selecionar os e-mails de empregos que podem corresponder as minhas necessidades. E quais seriam elas:

1) Trabalhar assentado numa cadeira de presidente com o ar ligado, mesa semi vazia, notebook ligado. Nada de Vendedor (consultor de vendas) que tem que trabalhar na rua andando sobre o sol escaldado ou sobre a chuva torrencial.

2) De Preferencia com um sálario que seja suficiente para pagar todas minhas contas (que não são poucas), para me divertir - afinal um lazer às vezes não é nada ruim e algum dinheiro para fazer compras e renovar meu guarda-roupa, dinheiro para bancar meus sonhos (que também não nada poucos).

3) Que tal um emprego que me proporcione viagens fantásticas, com tudo pago é claro.

Não é querer muito para um homem quase trabalhador, quase inteligente, quase motivador, quase realizado, quase pai, quase amigo.... ESTE É O PROBLEMA UM HOMEM QUASE TUDO....

domingo, 22 de março de 2009

Ode ao Gozo

Relaxar para se cansar
Respiração ofegante, peito latente
Formigamento nas pernas com tremor pelo corpo
Corrimento pegajoso num odor forte
Mente aberta, sem redes de proteção, sem escudos de força
Apenas a alma à mostra
Gritos abafados pelos gemidos ocultos
Suor gotejante
Pernas entrelaçadas e abraços apertados
Corpos ocupando o mesmo lugar no espaço
Contradizendo a Lei da Física.

Relaxar para viver
Sem dor, sem sofrimento
Sincronismo de um vai e vem, de um entra e sai
Beijos selvagens, às vezes brutos outros suaves
Outros apenas carinhosos
Troca de calor, troca de amor
Palavras doces sussurradas nos ouvidos
Às vezes mentiras ocultas por uma verdade falsa
Ou verdades reais de um momento ilusório.
São apenas gozos, de orgasmos sensitivos
Ocultados, incautos ou apenas falsos.

Gozos para relaxar
E depois dormir para descansar
Lembranças de histórias inacabadas
De êxtases inesquecíveis
De gozos múltiplos e sangue sobre o lençol
Manchando de vermelho o branco inebriante
Em noites não dormidas
De madrugadas encharcadas
Arrepios pelo corpo, em toques imaginários
De um amor responsável pela ação ocorrida
Pelo gozo inconstante de um amor mágico.
Ricardo Muzafir
Bem, hoje estou retornando com as postagens no meu blog.

Estou pesquisando sobre gastronômia, estou fazendo cursos de gestão financeira e engenharia civil, mas estão trancados e ainda querendo cursar um outro que não tem nada a ver com nenhum dos dois já iniciados. Normal, talvez não. Afinal de adolescente, já passei a muito tempo, hoje estou com meus 41 anos de idade, não paro de pensar em aprender coisa novas, que seja útil ou não, isto não importa, o que importa é a vontade de descobrir alguma coisa que goste realmente de fazer.

Quando tinha meus 20 anos pensava que era engenharia civil, mas a vida foi me levando para outros caminhos, abri empresas, aprende a administrar. Ai por influencia de meu pai, que era administrador, pensei em trilhar este caminho, afinal ele era feliz com o que escolheu, disse "ele". Assim ingressei em gestão financeira, com meus 30 e poucos anos e hoje por já ter vivido 50% de minha vida ou 40% ou 30%, nunca se sabe ao certo a data que partiremos, penso em buscar coisas que possa me fazer feliz, que possa me guiar por caminhos diferentes, que possa construir e criar sonhos e delícias. O que devo fazer, então. Achar que o ainda dá tempo de buscar estas realizações (apesar das dores inconstantes no peito) ou voltar e acabar o que já está em andamento. Se correr atrás desta realização pessoal terei que achar alternativas de conseguir pagar este sonho, ou deixar mais uma vez que os sonhos fiquem pela metade.

O fato de criar desejos, sonhos e transformar materia prima em visões saborosas deve ser uma coisa fascinante.

A dúvida é cruel, meu trabalho é duro e cansativo, faça sol ou faça chuva, tenho que ficar andando nas ruas e becos buscando encontrar (do nada) empresas que desejam trocar de operadoras de telefônia. Tentando convencê-los que as soluções dos seus problemas estejam comigo, tentando convencê-los que tenho a melhor alternativa em telefônia móvel do mundo, o que às vezes pode até ser verdade, mas o díficil é descobrir o cliente perfeito, o cliente que tem tempo de te escutar, descobrir o cliente que tem atitude e pulso de fechar as negociações no ato. O que quase sempre (99%) não acontece.

Será que é isto que quero pelo resto de minha vida? Com certeza NÃO. O que desejo é criar e vender uma coisa que criei e não vender uma coisa que não criei. O que quero é construir sonhos e satisfazer os desejos mais profundos das pessoas e não tirar o desejo de escolha (durante 24 meses - tempo contratual) e endividar o cliente com contas mensais, que às vezes pode sufocá-lo. Quero ver uma pessoa comendo uma criação minha e ver no seu rosto a satisfação plena de felicidade. Mas enquanto isto não é realizado, vamos vender planos corporativos e mostrar o quanto meu produto é melhor que os outros.

Afinal em toda escuridão buscamos o que é mais CLARO.