domingo, 22 de março de 2009

Ode ao Gozo

Relaxar para se cansar
Respiração ofegante, peito latente
Formigamento nas pernas com tremor pelo corpo
Corrimento pegajoso num odor forte
Mente aberta, sem redes de proteção, sem escudos de força
Apenas a alma à mostra
Gritos abafados pelos gemidos ocultos
Suor gotejante
Pernas entrelaçadas e abraços apertados
Corpos ocupando o mesmo lugar no espaço
Contradizendo a Lei da Física.

Relaxar para viver
Sem dor, sem sofrimento
Sincronismo de um vai e vem, de um entra e sai
Beijos selvagens, às vezes brutos outros suaves
Outros apenas carinhosos
Troca de calor, troca de amor
Palavras doces sussurradas nos ouvidos
Às vezes mentiras ocultas por uma verdade falsa
Ou verdades reais de um momento ilusório.
São apenas gozos, de orgasmos sensitivos
Ocultados, incautos ou apenas falsos.

Gozos para relaxar
E depois dormir para descansar
Lembranças de histórias inacabadas
De êxtases inesquecíveis
De gozos múltiplos e sangue sobre o lençol
Manchando de vermelho o branco inebriante
Em noites não dormidas
De madrugadas encharcadas
Arrepios pelo corpo, em toques imaginários
De um amor responsável pela ação ocorrida
Pelo gozo inconstante de um amor mágico.
Ricardo Muzafir

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