sábado, 4 de abril de 2009

Amargo, doce veneno!

Saboreio seu néctar
Bebo do seu vinho
Escarro na sua taça
Amargo, doce veneno.

Procrio no bucho de tuas entranhas
O cálice sagrado da vida
É o divino do teu corpo
Sensual, delicado, liso e macio.

Fecundo seu ventre
Sacio-te da tua carne
Sangue viscoso e doce
Amor insano, selvagem, rebelde e transcendental

Alma gêmea desencarnada
Perdida entre vidas e épocas
Buscando o seu complemento, a sua alma
Esperando o sentido, do que não é vivido.

Enquanto isso: bebo o amargo do seu doce veneno.

Ricardo Muzafir (2008).
.

Nenhum comentário: