Saboreio seu néctar
Bebo do seu vinho
Escarro na sua taça
Amargo, doce veneno.
Procrio no bucho de tuas entranhas
O cálice sagrado da vida
É o divino do teu corpo
Sensual, delicado, liso e macio.
Fecundo seu ventre
Sacio-te da tua carne
Sangue viscoso e doce
Amor insano, selvagem, rebelde e transcendental
Alma gêmea desencarnada
Perdida entre vidas e épocas
Buscando o seu complemento, a sua alma
Esperando o sentido, do que não é vivido.
Enquanto isso: bebo o amargo do seu doce veneno.
Ricardo Muzafir (2008).
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