Poema ano 2005 - extraído do livro "Sangrando" ainda não publicado - poeta Ricardo Muzafir.
Sua Pinta
Um detalhe, uma marca
Um símbolo de nascença
Uma lágrima na sua face
Uma pinta no seu corpo
Num ponto estratégico
Uma azeitona sem caroço
Um girassol sem semente
Uma flor sem perfume
Seu aroma, sua pele
Sua pinta! Seu corpo!
Um cristal do seu corpo
Um brilho do seu diamante
O barco na imensidão do oceano
Um corpo na multidão
A estrela na constelação
Uma ave sobrevoando a floresta
Meu espermatozóide no seu ovário
Seu aroma, sua pele
Sua pinta! No meu corpo!
Ricardo Muzafir (2005)
“A arte seja falada, escrita ou pintada, retrata o momento de seu criador, é neste instante que se faz o artista. Quando ele consegue transformar seus instintos exagerados e intensos em algo Belo”. Ricardo Muzafir
sexta-feira, 12 de outubro de 2018
quinta-feira, 11 de outubro de 2018
Heil Capitão.
Estamos na época de relembrar
o que passamos nos anos dourados
relembrar o final da ditadura
o confisco do Collor
Os anos das lutas, "ame-o ou deixe-o".
O ano que de dourado não tinha nada.
Vamos voltar aos fascismo?
Aos campos de concentração
A raça ariana
Vamos extirpar o negro, matar os gays
Armar a população.
Afinal é disto que precisamos,
dar uma arma para cada cidadão do bem
e matar bandido
porque bandido bom é bandido morto.
Se dermos o poder ao capitão
Vamos exterminar com nosso povo
e trazer de volta tudo que abolimos
tudo o que lutamos pra conseguir.
Ele vai apagar a lei Aurea
Replicar o Carandiru
Confiscar o povo
Queimar as favelas do Rio
Hitler será relembrado
E suástica será a nova bandeira.
E a República, mas que república?
o que passamos nos anos dourados
relembrar o final da ditadura
o confisco do Collor
Os anos das lutas, "ame-o ou deixe-o".
O ano que de dourado não tinha nada.
Vamos voltar aos fascismo?
Aos campos de concentração
A raça ariana
Vamos extirpar o negro, matar os gays
Armar a população.
Afinal é disto que precisamos,
dar uma arma para cada cidadão do bem
e matar bandido
porque bandido bom é bandido morto.
Se dermos o poder ao capitão
Vamos exterminar com nosso povo
e trazer de volta tudo que abolimos
tudo o que lutamos pra conseguir.
Ele vai apagar a lei Aurea
Replicar o Carandiru
Confiscar o povo
Queimar as favelas do Rio
Hitler será relembrado
E suástica será a nova bandeira.
E a República, mas que república?
terça-feira, 9 de outubro de 2018
O abismo do asfalto
De cima vejo um mundo pequeno
pássaros içando voos
pombos e maritacas sobre as antenas
A solidão que vem de dentro perturba
é uma solidão muda
é uma solidão violenta, que doe
o mais perturbador é que vi a vida passar
sem deixar legado bom
só tristezas e magoas.
Algumas vezes a vontade e içar voos
como os pássaros perturba a mente
sei que não vou conseguir e que a queda será eminente
mas em certos momentos é o que resta
para acabar com toda tristeza
de uma vida vazia
Só uma grade separa o abismo do asfalto
da esperança do voo.
a perda maior será não presenciar o crescimento da estrela
o renascimento e a alegria de ficar perto da minha vida
a perda do abraço fraterno e do carinho infantil
Esse amor tem que ser mais forte que a vontade
de saltar no abismo do asfalto
pássaros içando voos
pombos e maritacas sobre as antenas
A solidão que vem de dentro perturba
é uma solidão muda
é uma solidão violenta, que doe
o mais perturbador é que vi a vida passar
sem deixar legado bom
só tristezas e magoas.
Algumas vezes a vontade e içar voos
como os pássaros perturba a mente
sei que não vou conseguir e que a queda será eminente
mas em certos momentos é o que resta
para acabar com toda tristeza
de uma vida vazia
Só uma grade separa o abismo do asfalto
da esperança do voo.
a perda maior será não presenciar o crescimento da estrela
o renascimento e a alegria de ficar perto da minha vida
a perda do abraço fraterno e do carinho infantil
Esse amor tem que ser mais forte que a vontade
de saltar no abismo do asfalto
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